As regiões do sul tornaram-se as fornecedoras por excelência do gado muar e cavalar, cujo mercado crescera vertiginosamente com a indústria da mineração.
O gado que partia dos campos de Sacramento, invernava, a princípio nas imediações do Rio Grande e Pelotas e, depois, nas cercanias de Laguna, onde embarcava. Mais tarde, subia pela, estrada de Araranguá e invernava nos campos de Santa Catarina e Paraná, antes de chegar a Sorocaba, a caminho das Minas Gerais. Posteriormente, usava o caminho direto do interior, a que já aludimos.
Esse caminho atravessava os campos de vacaria, depósitos de gado mandados fazer pelas missões jesuíticas, onde era criado à lei da natureza, servindo de reserva eventual às necessidades das populações. Campos idênticos foram encontrados ao sul de Mato Grosso. De todos eles tiraram grande proveito os colonizadores portugueses.
Gado cavalar
Nesse tempo, não havendo estradas de rodagem e escasseando os meios de transporte, o cavalo exercia relevante função na evolução economo-social. Daí a preocupação da sua criação no Brasil, onde representava o principal meio de condução e o elemento indispensável nas vilas, nos engenhos, nas fazendas de criar ou no comércio de gado. A sua importância ainda mais se avolumou com a penetração nos sertões do nordeste, do centro e do sul.
Criavam-se cavalos em todas as capitanias, principalmente no interior do Maranhão e Piauí. Relatam as crônicas o grande apreço em que eram tidos os animais de raça, pelos senhores de engenho.
Indispensáveis às forças armadas, Portugal vinha também buscá-los aqui, durante o século XVII e parte