do XVIII, para as suas campanhas e montarias na África. Abundam as Cartas Régias incentivando esse comércio. Tornou-se obrigatória a inclusão de cavalos na carga de todos os navios que do Brasil demandassem Angola. A Carta Régia de 14 de dezembro de 1666, participando a vitória do governo de Angola, ordena que para ali se mandasse o maior número possível de cavalos. A de 16 de setembro de 1688 ordena que os navios que saíssem do estado do Brasil para o reino de Angola levassem na razão de cem toneladas de arqueação, dois cavalos para os serviços das tropas. Cartas Régias e Provisões de 1706, 1707, 1712, 1715, 1719, 1720, 1721, 1722, 1726, 1753, 1754, repetem reiteradamente a recomendação de que não partisse embarcação alguma para Angola sem conduzir cavalos. A de 1726 determina que quando algum navio, por sua pequenez, não pudesse transportá-los, fosse obrigado o seu senhorio a conduzir, por sua conta, em outra qualquer embarcação, o cavalo que não coubera na sua.
Com a instalação da nova colônia de Sacramento surgem também as Cartas Régias determinando a remessa para ali de grande cópia desses animais (1694-1699).
A mineração. Tropas e tropeiros
A mineração ia promover a fundação das primeiras cidades no interior do Brasil. Pela natureza de sua indústria, exigia a concentração de massas consideráveis de mineradores em determinados pontos. Daí surgiram os núcleos de habitações, as vilas e as cidades. A indústria da criação, anterior àquela, na ocupação do interior do país, atuava, no entanto, como elemento de rarefação de populações.
Essas aglomerações de mineiros exigiam vultosos transportes de artigos para os seus consumos e instalações;
[link=8106]Ilustração: Viagem de tropa no interior do Brasil, no começo do século XIX[link]