Destruição das missões
Em 1628, Manoel Preto e Raposo Tavares iniciam a destruição dessas missões, o aprisionamento de seus habitantes e a expulsão dos jesuítas para a margem ocidental do Paraná.
O governo paraguaio negou o auxílio solicitado pelos jesuítas para a sua defesa. Além da indiferença das autoridades castelhanas, parece que os paulistas foram estimulados pela grande falta de braços, que se fazia então sentir na colônia lusitana.
Documentos referidos pelo nosso erudito mestre, Dr. Affonso Taunay, demonstram que a própria Câmara Municipal de São Salvador fez, nessa época, um apelo aos paulistas para a remessa de escravos para o recôncavo baiano, recém devastado pelas hostes holandesas.
Já por esse tempo as expedições dos condottieri piratininganos apresentam notável organização militar. Chefiados por homens de rija têmpera, selecionados pelos seus próprios valores, como tão bem acentua Oliveira Vianna em suas Populações meridionais do Brasil, seguiram esses bandos, compostos de brancos, mamalucos, mestiços, com armas europeias, e índios mansos, das aldeias ou dos exércitos particulares daqueles potentados, com seus arcos e flexas.
Arcabuzes, pólvora, chumbo, farinha de guerra, cordas, correntes com colares, para serem aplicados aos índios aprisionados, constituíam a armação dessas bandeiras — muitas vezes fornecidas por elementos locais que se tornavam assim sócios capitalistas do armador da expedição. (12)Nota do Autor
Não obstante a união luso-espanhola, sob um único cetro, havia também nesse cometimento bandeirante