aumento no consumo, o que, por sua vez, de tal forma estimulou a produção industrial, que em fins do século XVIII assistimos ao surto do seguinte período da época capitalista — a Revolução Industrial, com as suas profundas repercussões no campo econômico-social e a formação do capitalismo industrial.
Os capitais, que se concentravam quase que exclusivamente em empreendimentos comerciais e alguns cometimentos financeiros, passaram a se interessar pela indústria, originando a criação das grandes divisões de trabalho, gerando os notáveis aperfeiçoamentos, resultantes, também, do emprego sempre crescente do maquinário.
A progressiva acumulação de capitais, cuja remuneração em forma de juro, na aurora dos tempos modernos, pela reação calvinista, tinha deixado de ser um crime, criou outra feição do capitalismo. Surgiram os grandes sistemas bancários, as bolsas, a especulação de títulos e moedas, a expansão do crédito e o predomínio incontestável das entidades financeiras na orientação dos negócios.
O mercantilismo
O aparecimento dos grandes Estados veio facilitar a intensificação das correntes de comércio dentro de suas fronteiras, pela supressão de muitos entraves e pelas garantias de segurança que passaram a oferecer. Mas, absorvendo as cidades mercadoras medievais, compreenderam que não podiam desorganizar a sua produção especializada, seus monopólios comerciais, adotando, de chofre, uma liberdade de circulação, de que pudesse resultar o seu esmagamento, na concorrência com outros núcleos exteriores, porventura melhor organizados.