A intensificação do comércio e os novos consumos podem ser bem focalizados com o café, artigo ainda pouco consumido na Europa antes do século XVIII. O seu consumo dobrou entre 1710 e 1720. Entre 1720 e 1730, época em que vieram as primeiras sementes para o Brasil, duplicou de novo. Mas, entre 1730 e 1735, triplicou!
A produção de metais preciosos, tão avolumada nos dois primeiros séculos dos tempos modernos, principalmente com referência à prata, pela contribuição espanhola, foi acelerada e alterada, no século XVIII, pela cooperação do Brasil. Neste século, o ouro brasileiro elevou em muito o valor da produção deste metal, fornecendo novos elementos à Revolução Industrial, como teremos oportunidade de esclarecer. Posteriormente, já no século XIX, essa situação foi muitas vezes ultrapassada pela descoberta das grandes minas norte-americanas e africanas.
Toda essa riqueza, metálica deu ainda exagerado impulso à evolução capitalista, ao grande surto industrial da Europa e da Norte América e a uma acentuada diferenciação e divisão do trabalho, com a consequente criação dos grandes países agrícolas.
É fruto também desse sistema econômico a adoção, pelos grandes Estados, de definidas políticas coloniais, cuja interferência sofremos no passado e que ainda hoje atuam de modo inequívoco em nossa evolução, devido, principalmente, à natureza tropical da maioria de nossas produções.
Como complemento deste estudo introdutório, impõe-se o exame das épocas econômicas correlatas de Portugal e Espanha, os países iniciadores da fase colonizadora dos tempos modernos e a que estivemos ligados em tão largos períodos de nossa existência.
Tal apreciação, completada com uma análise do crescimento da navegação oceânica, que também nasceu