cuja política exterior orientou-se para a apropriação da máxima parte dos lucros desse comércio. Daí, um dos aspectos da política mercantilista, visando a obtenção dos metais preciosos pela venda de outros produtos, já que essas nações não podiam extraí-los, diretamente, das minas descobertas. Daí, ainda, a ânsia de encontrar outro caminho para o ocidente através da América setentrional, e a luta em que, para isso, se empenharam a Inglaterra, a Holanda e a França.
Os acontecimentos lhes iam demonstrando que seria mais fácil a obtenção dos proventos, agindo diretamente contra o próprio império espanhol, que, senhor de tão grandes riquezas, não tinha a capacidade suficiente para conservá-las e defendê-las. Iniciaram-se, então, os corsos e os ataques diretos contra os seus galeões que conduziam metais preciosos e especiarias. Mais tarde, por via diplomática, alcançaram situações favoráveis no comércio espanhol, como se verifica dos tratados que lhe foram impostos e da luta entre essas nações para a conquista de monopólios para o tráfico africano, os célebres assientos. O contrabando, exercido em larga escala, proporcionava também vastos lucros ao comércio e aos embarcadores nas nações setentrionais, em detrimento dos monopólios espanhóis. (3)Nota do Autor
Portugal, com sua diminuta população, fora das rotas comerciais da Idade Média, não estava preparado, assim como a Espanha, para a manutenção de seus domínios coloniais, por falta de uma base sólida com estrutura econômica apropriada às suas novas condições. E ao passo que a Espanha perdia, praticamente, todas as suas possessões, Portugal, apesar de