levantamento geral do padrão de vida, dando um formidável impulso aos núcleos mundiais de civilização.
A política colonial seguida pelas nações, aliada a várias outras circunstâncias, que teremos oportunidade de examinar, não permitiu que o Brasil colônia tirasse o devido partido da grande navegação, de que Portugal tinha sido o pioneiro, e não consentiu, outrossim, ao país um progresso econômico na proporção da maioria dos povos civilizados. A abertura do Canal de Suez, em 1869, mais acentuou a concorrência vitoriosa que os povos orientais e as Índias ocidentais já nos faziam nos mercados de produtos tropicais. A história econômica do Brasil salienta, por certo, a incontrastável influência que tivera e terão sempre o custo e as facilidades dos transportes marítimos na evolução de nossa economia.
Trabalho, natureza e capitais. Valor das terras brasileiras
As considerações já expendidas são de molde a deixar claro o pequeno valor econômico que representava, para Portugal, o Brasil no momento de sua descoberta.
A possível indústria extrativa não justificaria uma ocupação mais efetiva do novo território, principalmente por um país de população escassa, defrontando uma inundação de riquezas sem precedentes, provenientes do comércio com o continente mais populoso e de mais antiga civilização mundial, e ainda, do saque e dos tributos impostos e correntes naquele tempo. O capital era escasso e estava absorvido na revolução comercial. A carência de mercados, que só então começavam