A expedição exploradora, enviada a Santa Cruz, em 1501, voltou a Portugal com um carregamento dessa madeira. D. Manoel declarou desde logo o pau-brasil monopólio da Coroa, e julgou mais acertado aos interesses portugueses arrendar as novas terras descobertas a um rico mercador de Lisboa, D. Fernão de Loronha. Sobre os termos exatos desse arrendamento, divergem as notícias e os historiadores. O que parece certo é que de fato esse arrendamento, feito inicialmente por três anos, foi com ele ou com outros renovado por algumas vezes; que, por exigência do arrendatário, o soberano português concordou em suprimir a importação do brasil asiático e, que, por sua vez, o arrendatário ou, mais tarde, os arrendatários, porque parece que Fernão de Loronha teve posteriormente vários associados, se obrigaram a mandar anualmente três naus à terra de Santa Cruz, a descobrir 300 léguas de costa e pagar 1/5 do valor da madeira ao soberano português. Obrigaram-se, ainda, a instalar fortalezas para a defesa dos novos territórios.
Foi no seu comércio que se utilizou da nau "Bretoa", de cujo regimento circunstanciado existe cópia nos arquivos portugueses. Na sua viagem em 1511, diz-se que essa nau transportara cinco mil toros de pau-brasil, alguns escravos e muitos papagaios e macacos. Os toros deviam pesar de 20 a 30 quilos, uns pelos outros.
Arrendadas as terras e correndo por conta dos arrendatários os gastos com sua manutenção, redundava em lucro para a fazenda real a soma que pagavam. O sistema funcionou bem por algum tempo, até que se