Todas se distinguem pelo que se chama a poesia da linguagem. Como professor de Retórica, Alvarenga adquiriu direitos ao reconhecimento de seus compatriotas, contribuindo para à introdução de um gosto melhor, como se ele tivesse se formado na França do século de Luis XIV, e fazendo abandonar na eloquência da cátedra a dialética envelhecida dos jesuítas e o culteranismo espanhol. Entre os seus alunos contam-se alguns dos melhores oradores sacros do Brasil. (131) Nota do Autor

Não se deve confundir com Silva Alvarenga, de que acabamos de falar, o poeta comtemporâneo Inácio José de Alvarenga Peixoto, nascido no começo de 1749, no Rio de Janeiro. Depois de ter feito o curso do colégio dos jesuítas desta cidade foi para Coimbra, onde obteve o título de bacharel em Direito Canônico. Com a proteção de Pombal conseguiu um lugar de juiz real em Cintra e mais tarde, como desejasse voltar à sua pátria, um emprego no tribunal do Rio das Mortes, na capitania de Minas Gerais.

Em Portugal, já se havia feito conhecer por algumas produções poéticas. Depois de sua volta ao Rio de Janeiro, em 1776, obteve o favor do vice-rei, o marquês do Lavradio, dedicando-lhe uma tradução do Merope de Maffei. Na província de Minas, ligou-se naturalmente aos poetas que ali moravam, e fez-se amigo principalmente de Cláudio Manuel da Costa e Gonzaga. Mais