O Brasil literário: História da literatura brasileira

CAPÍTULO XVIII



INTRODUÇÃO DO ROMANCE NA LITERATURA BRASILEIRA — ROMANCES DE JOAQUIM MANUEL DE

MACEDO, ANTÔNIO GONÇALVES TEIXEIRA E SOUZA E OUTROS; ELOQÜÊNCIA E PROSA — FR. ADOLFO

DE VARNHAGEN.



É natural que o romance e a novela não tenham sido cultivados no Brasil, enquanto ele foi dependente de Portugal, do ponto de vista literário. Todos sabem que, depois de os romances de cavalaria terem sucumbido aos impactos formidáveis que lhes infligiu "Dom Quixote" e que os romances pastorais acabaram com a existência fictícia que levavam, Portugal não produziu, deste ponto de vista, senão algumas novelas no gênero das de Espanha. E é só depois de vinte anos que foram aí traduzidos ou imitados os romances franceses ou ingleses.

Este gênero literário só pôde introduzir-se no Brasil, no período que nos ocupa; revestiu, desde o início, sua forma mais moderna; é essencialmente realista, social e subjetivo.

No Brasil, Caetano Lopes de Moura(323) Nota do Autor igualmente abriu o seu caminho neste domínio, traduzindo pela primeira vez em português, romances ingleses, franceses e mesmo alemães, por exemplo, desde 1837 os de Mme. de Genlis, Marmontel, Chateaubriand, Walter