e que todo o aparato da mitologia lhe é indispensável, se dispôs a aplicá-los a seu assunto e a que não se adequavam.(194) Nota do Autor Seu patriotismo, de resto muito louvável, levou-o a alçar um voo muito alto para as suas forças, de modo que esta desproporção entre o fim e os meios deram a toda a obra um tom de paródia, aumentado ainda por uma dicção enfática e cheia de inversões e por versos pesados.

As outras produções de Titara são, na sua maior parte, políticas. Uma delas, ao menos, celebra a jornada tão gloriosa de 2 de julho. Algumas têm relações com festas de família, enquanto que um grande número não passa de improvisos. A exemplo de Cervantes, Lope de Vega e Cueva, fez uma "Ode aos poetas Brasileiros" vol. VII p. 113-140. Esta poesia não tem maior valor literário, mas uma importaância histórica muito grande, principalmente pelas anotações biográficas que a acompanham. As metamorfoses de Titara são o que produziu de mais notável. Não são nem ficções puras como as de Januário, nem paródias deste gênero de poesias, como a fábula de Silvério, mas repousam provavelmente nas tradições dos índios de que conservaram os costumes e as maneiras de ver. Citemos como exemplo "Metamarfose original, Abatirás e Tiapira".(195) Nota do Autor