nos demonstraram. Fecha seu livro, escrito com muita elegância e precisão, com as palavras seguintes: "Comédia horrível seria este mundo, uma ilusão sem causa este universo, a existência humana uma zombaria do nada, e tudo mentira, se não houvesse um Deus justo e bom! Os malvados teriam razão por um mero acaso, não haveria verdade e justiça, nem na terra, nem no céu! Tranquilizemo-nos! O que é absurdo não pode ser verdade. Deus existe e o espírito humano é imortal com a sua consciência."
O autor agita, entre outras, a questão de saber se os selvagens da América têm a noção de divindade. Magalhães pretende que a conheçam, e possuem ainda a de imortalidade.
Este escritor ocupou-se muito de pesquisas etnográficas e históricas sobre os habitantes primitivos do Brasil, por ex., na memória intitulada: "Os indígenas do Brasil perante a História" ("Rev. do Inst.", XXIII p. 3-66). Com zelo patriótico, procura destruir os prejuízos que fazem dos aborígenes selvagens insuscetíveis de cultura.(247) Nota do Autor
Um artigo de Magalhães tem por assunto a história moderna de sua pátria ("Rev. do Inst.", XI) "Memória