O Brasil literário: História da literatura brasileira

Bueno manteve-se fiel com o risco de sua vida, recusou a coroa e conservou, assim, o Brasil unido a Portugal. Quando João Caetano trabalhou no Teatro de S. Francisco, no Rio de Janeiro, depois de sua restauração, ele quis inaugurá-lo por um drama original e abriu para este efeito um concurso, confiando a decisão ao Conservatório Dramático Brasileiro. Teve cinco peças foram apresentadas e a de Norberto ganhou o prêmio. Foi representada, pela primeira vez, no dia 19 de Setembro de 1846 e a mesma companhia representou-a no dia 20 de outubro seguinte no teatro de Niterói. Depois disto, não mais reapareceu no repertório. O drama de nosso autor, escrito em prosa, é antes uma peça de intriga e de efeitos melodramáticos. O herói não desempenha aqui mais que um papel acessório, porque o interesse principal se concentra sobre a sua filha, Leonor, e seu amante D. Francisco Rendon.

Varnhagen tratou o mesmo assunto, mas sua peça tem ainda menos valor poético. Seu "Amador Bueno. Drama épico e histórico-americano" em quatro atos e três quadros, Lisboa 1847, in - 12.°. Edição particular e Madrid, 1858, in - 8.° (em três atos), escrita igualmente em prosa, encerra um certo número de cenas mal ligadas e de carateres superficiais. Acreditar-se-ia quase que se estivesse vendo fantoches. O papel principal é do agente dos jesuítas.

Na mesma época, A. G. Teixeira e Souza fez alguns ensaios dramáticos. Com 18 anos de idade, escreveu uma tragédia "Cornélia", produção mal digerida, cheia de horrores e perversidades ultrapassando qualquer limite.(307) Nota do Autor Seu "Cavaleiro Teutônico e a