literatura dramática francesa dos últimas tempos, que se compraz em escolher suas heroínas entre as loretas.
Neste período, a comédia foi igualmente cultivada, desenvolvendo-se no sentido nacional.
Falamos (cap. XV) de Araújo Porto-Alegre cujas "Comédias Brasileiras", infelizmente na sua maior parte inéditas, deram, segundo todas as aparências, o primeiro impulso a este movimento.
Mas Pena e Macedo são dignos êmulos e sucessores deste poeta.
Luís Carlos Martins Pena foi moço da Câmara de S. M. I. e trabalhou no Ministério dos Negócios dos Estrangeiros. Mais tarde foi adido a embaixador de Londres e morreu muito jovem em Lisboa, há alguns anos já.(317) Nota do Autor
Escreveu principalmente comédias em um ato, todas semelhantes aos entremeses nacionais. Descreve nelas, de maneira muito viva, os costumes e os carateres dos indígenas. As situações são muito cômicas e aproximam-se bastante da farsa, o diálogo é vivo e cheio de ditos populares. Mas cujo sal é, às vezes, grosseiro. O "Irmão das almas", o "Judas em sábado de aleluia", "o Juiz de Paz da roça", são peças nacionais, como seus títulos indicam. Na tragifarsa denominada "O Dilettante", zomba da mania da ópera italiana que reina no Rio de janeiro, etc.(318) Nota do Autor Só se conhece dele uma comédia em três atos, "O Noviço", Rio de Janeiro, 1853, 8º. A verve cômica reside aqui principalmente