que se encarregava, além do mais, de preencher os vazios que a guerra, o clima ou a doença acarretavam em suas fileiras. De outro lado, as tribos índias não eram suscetíveis de cultura como as nações germânicas que invadiram o império romano, não tinham como estas um gênio capaz de, remontando a corrente de uma civilização mais antiga, comunicar-lhe um novo elemento.
As tribos indígenas do Brasil possuíam, na verdade, como disse o Sr. Varnhagen, uma espécie de poesia destinada a servir de texto a seus cantos. Este mesmo autor descreve-a da seguinte maneira: "Os indígenas tinham um gênero de poesia, que lhes servia para o canto. Os seus poetas, prezados até pelos inimigos, eram os mesmos músicos ou cantores que, em geral, tinham boas vozes, mas eram demasiadamenle monótonos: improvisavam motes com voltas, acabando estas no consoante dos mesmos motes. O improvisador, ou improvisadora, garganteava a cantiga e os mais respondiam com o fim do mote, bailando ao mesmpo tempo, e no mesmo lugar, em roda, ao som dos tamborins e maracás. O assunto das cantigas era em geral as façanhas de seus antepassados e arremedavam pássaros, cobras e outros animais, trovando tudo por comparações, etc.
Eram também grandes oradores, e tanto apreciavam esta qualidade, que aos melhores faladores aclamavam muitas vezes por chefes."(7a)Nota do Tradutor.