Viagem ao Brasil, 1865-1866

vastas campinas muito planas, e, se em lugar de palmeiras erguendo-se aqui e ali, tivéssemos encontrado olmos teríamos tido diante dos olhos alguma coisa como a paisagem de Cambridge.



Paraíba do Norte - Excursão ao litoral

2 de agosto — Deixamos Pernambuco ontem, e achamo-nos esta manhã na foz do Rio Paraíba do Norte. É um rio largo e magnífico que subimos até algumas milhas da cidade que lhe tira o nome. Aí se tem de tomar uma canoa e alcançar a cidade a remo. Uma vez em terra, passamos algumas horas a percorrer vários pontos, colecionando e examinando a formação geológica. Assim perambulando, encontramos uns amigos do Major Coutinho; levam-nos para a casa deles e improvisam um excelente almoço onde revimos não sem prazer o peixe fresco, o pão, o café, o vinho. O pão merece uma menção à parte, porque passa por ser o melhor do Brasil. A farinha neste lugar é a mesma de toda parte, mas os habitantes atribuem a superioridade do seu pão às qualidades da água. Seja como for, não há em todo o Brasil pão tão gostoso, tão leve, tão branco como o da Paraíba do Norte.



Ceará – um desembarque difícil

5 de agosto — Estamos desde ontem no Ceará. Carinhosamente recebidos pelo Dr. Mendes, um velho conhecimento do major, recebemos a mais amável hospitalidade de sua parte.

O vento e a chuva se mostraram furiosos quando descemos de bordo. A canoa que nos levava para a terra parou a algumas remadas da praia, sobre uns quebra-mares que tornam a sua aproximação difícil, e perguntei-me a mim mesmo como alcançaria a terra. Mas