carpas e outros peixes de carne branca, tais como cabozes e lotas; e pus-me a refletir, estudando os peixes do Amazonas, que analogia poderia existir entre os peixes de nossos rios do oeste e os dos rios dos trópicos, depois entre esses e os que habitam as latitudes intermediárias. Considerando esses animais de um ponto de vista como este, surpreendi-me por descobrir a relação estreita que há entre os Goniodontes e os esturjões; é que os Loricaria poderiam ser considerados como verdadeiros esturjões tendo sobre o corpo escudos muito mais largos. Estou convencido também de que Cychla é uma perca sob todos os aspectos; que os acarás são Pomotis, Xiphorhampus (pirarucu) são lúcios, e os Curimatos verdadeiras carpas. Semelhante relação não pode existir entre as famílias botânicas próprias das regiões setentrionais e as que formam o traço predominante da vegetação do sul? Quais as árvores que fazem as vezes nos trópicos dos nossos ulmeiros, nossos áceres, nossas tílias?... Sob o sol ardente da região equinocial, que famílias representam os nossos carvalhos, nossas castanheiros, salgueiros e choupos?... As Rosáceas da zona temperada e as Mirtáceas dos países tropicais me parecem constituir justamente o que eu chamo equivalentes botânicos. No Norte, a família das Rosáceas nos dá as peras, as maçãs, os pêssegos, cerejas, ameixas, amêndoas, em suma todos os deliciosos frutos do Velho Mundo e suas mais belas flores. As árvores dessa família formam por suas folhas, um elemento preponderante da vegetação da zona temperada e imprimem-lhe alguma coisa de seu cunho particular. As Mirtáceas fornecem ao Sul as goiabas, pitangas, araçás (saboroso fruto tendo a forma da ameixa da murta dos brejos), algumas nozes e outros frutos excelentes. Essa família, incluindo as Melastomáceas, é rica em arbustos de lindas flores, como a quaresma cor de púrpura e várias outras igualmente belas. Alguns de seus representantes, como a sapucaia e a nogueira