mesmo a aparência do mais duro quartzito; é o caso mais comum para as camadas superiores. Noutros pontos e mais particularmente nas camadas do fundo toda a massa está crivada de furos como se fosse atravessada por vermes ou moluscos perfurantes com as partes duras circunscrevendo areias e argilas. Às vezes também predominam os elementos ferruginosos em proporção tal que essas camadas poderiam ser tomadas por ferro limonoso; ao passo que, em outros pontos, a argila se apresenta em quantidades consideráveis, é mais regularmente estratificada e alterna com os estratos de grés, de modo a lembrar as formas mais características das formações do velho grés vermelho ou do Triássico. Foi, sem dúvida, tal semelhança que levou a identificar os depósitos amazonenses às formações europeias de idade mais remota. Em Monte Alegre, de que falarei daqui a pouco mais minuciosamente, um leito de argila análogo a esse separa o grés inferior do superior. A espessura desse grés é muito variável. Na bacia do próprio Amazonas, em ponto algum elas se elevam acima do nível das cheias, durante a estação chuvosa; e, na vazante, nos meses de verão, são vistos por toda parte ao longo das margens. Ver-se-á que, não obstante isso, a diferença entre o nível das cheias mais altas e das vazantes mais baixas, não dá a verdadeira medida da espessura original da completa sucessão das ca-madas dessa natureza.
Colinas de Almeirim
Nas vizinhanças de Almeirim, à pequena distância da margem setentrional do rio e quase paralelamente ao seu curso, se eleva uma linha de tabuleiros baixos, interrompen-do-se aqui e ali, mas prolongando-se visivelmente contínuos desde Almeirim até Óbidos, através do Distrito de Monte Alegre. Esses tabuleiros chamaram a atenção dos viajantes não só por causa de