Viagem ao Brasil, 1865-1866

de Monguba para onde íamos, em vários pontos os cursos d’água encheram, apresentando certa profundidade. Devido às desigualdades do leito, cheios de buracos e poças, não foi fácil passar a vau esses riachos. Caminhamos assim penosamente quatro horas, durante as quais duas ou três vezes indagamos quanto nos faltava caminhar ainda, recebendo sempre a mesma resposta: "uma légua". Essa fatal légua nunca que acabava e parecia aumentar à medida que avançávamos. Finalmente, com grande alívio nosso, alcançamos a pequena trilha que se desvia da estrada e leva à fazenda do Sr. Franklin de Lima.



Amável recepção

O viajante que pede hospitalidade numa casa brasileira é sempre bem-vindo, mas, aqui, o Sr. Coutinho já havia passado algum tempo e partilhamos da boa aco-lhida que recebeu na qualidade de velho amigo. A hos-pitalidade dessa amável família fez-nos esquecer todas as fadigas da viagem. Tendo ficado para trás a nossa bagagem, a generosidade dos donos da casa supriu as nossas necessidades de vestimenta, pois estávamos em lastimável estado, tendo patinhado num lamaçal de uns dois pés de profundidade.



Geologia da região

Agassiz nem teve tempo para repousar. Viajáramos num solo morênico em quase todo o nosso percurso; passamos, no caminho, diante de numerosos blocos erráticos, e ele estava impaciente por examinar a Serra de Monguba, em cujos flancos se encontra a plantação de café do Sr. Franklin, que tem sua casa de residência no sopé dessa pequena cordilheira. Passou, portanto, a pé e a cavalo, a