essa classe de animais.
Todos os peixes, no momento em que o embrião se torna distinto no ovo, têm ao longo do dorso uma nadadeira contínua, que passa também pela cauda e volta sob o abdômen. Os répteis nus (29)Nota do Tradutorqueles que não têm placas, como por exemplo as rãs, os sapos, as salamandras, apresentam essa mesma particularidade, e tal identidade no modo de desenvolvimento me leva a considerá-los como mais vizinhos dos peixes sob o ponto de vista da estrutura, do que os répteis com placas. Os vertebrados, sem excetuar os mais nobres, têm, nesse período primitivo da existência, fendas nas partes laterais do pescoço. É a primeira indicação das brânquias, órgãos cujos rudimentos existem em todos os animais desse tipo, numa dada época da vida, mas que só se desenvolvem plenamente e ativamente funcionam nos seus representantes inferiores. Somente aí elas adquirem por fim uma estrutura especial, ao passo que, nas demais classes, são substituídas por pulmões antes que o animal atinja o estado adulto. A partir desse momento, não somente os caracteres da classe, mas os da família também, começam a se tornar distintos, e vou mostrar-lhes como podemos pôr a embriologia a serviço da classificação dos peixes. Tomemos para exemplo a família do bacalhau (Gadóides) em sua mais larga extensão. Ela se compõe de vários gêneros: os bacalhaus propriamente ditos, os Brosmos e os Brótulas. Os naturalistas podem discordar sobre a posição a dar a cada um desses gêneros, e mesmo não se entenderem a respeito de suas afinidades, mas a embriologia do bacalhau parece-me dar a conhecer a escala natural. Esses peixes têm a princípio a nadadeira contínua da Brátula; depois, as nadadeiras dorsal e caudal se tornam distintas como nos Brosmos; por fim todas as nadadeiras se apresentam perfeitamente separadas, e observam-se as três dorsais e as duas anais do bacalhau. Assim sendo, a