alcançou este rio e o desceu até à sua confluência com o Amazonas. Foi uma viagem audaciosa e aventureira, levada a efeito sem outra companhia além do "camarada" que lhe servia de guia, ou dos índios que remavam a sua canoa. Foi, por conseguinte, um dia de alegria para todos nós, quando soubemos da sua feliz chegada, em janeiro de 1866, à Cidade do Pará onde embarcou, algumas semanas depois, para os Estados Unidos.
De Lagoa Santa, onde os deixou o Sr. Sceva, os Srs. Saint-John e Allen partiram juntos para Januária. Mas, aí chegado, o Sr. Alen, cuja saúde se altera-ra desde a sua partida, não pôde continuar viagem e resolveu voltar à Bahia atravessando o interior. Levou consigo as coleções feitas por ambos até aquele ponto, e, depois de um descanso de poucos dias em Januária, chegou a Xique-Xique, no Rio São Francisco; nesse ponto é que começa o seu diário particular. Nele nos dá cuidadosa conta do aspecto físico da região atravessada, do caráter do país e da distribuição das plantas e dos animais; esse Diário contém muitas observações novas sobre os hábitos das aves, e um minucioso itinerário do percurso, cujas grandes etapas são Jacobina, Espelto e Cachoeira. Doente e mal tratado pelas febres, nem por isso o Sr. Allen deixou de redigir um relato de sua exploração, que testemunha até que ponto o interesse que ele tomava pela obra em comum sobrepujava o abatimento da moléstia.
Em Januária, o Sr. Saint-John embarcou para navegar o São Francisco, que desceu até Vila da Barra, onde se demorou pouco tempo. Daí prosseguiu viagem por terra através do Vale do Rio Grande até a Vila de Santa Rita, atingiu Mocambó e transpôs o alto platô que separa a Bacia do Rio São Francisco da do Paranaíba. Passou alguns dias em Paranaguá (196)Nota do Tradutor e fez uma