mais extenso da embriologia. O diabo-marinho, em sua primeira idade, lembra os peixes em forma de fita (Tenióides) ; é alongado e comprimido. Logo em seguida, parece-se com os Blenióides. Crescendo, torna-se mais maciça e semelhante aos Cetóides. Finalmente, toma a forma deprimida que lhe é própria. Na família dos Ciprinodontes, pude observar que o filhote dos vairões (Fundulus) não tem nadadeira ventral, o que indica que o gênero Orestia deve ser colocado no grau inferior da família. Referirei ainda uma observação análoga do professor Wyman. Os naturalistas não sabiam que colocação dar às raias e aos tubarões. Baseando-me em dados geológicos, eu colocava as primeiras acima dos segundos, uma vez que os tubarões precederam as raias na ordem cronológica, mas o testemunho da embriologia não havia ainda confirmado a exatidão dessa classificação. O professor Wyman acompanhou o desenvolvimento da raia através de todas as suas fases. Observou que ela apresenta, logo no princípio, as formas esguias e a aparência dum pequeno tubarão; só mais tarde é que ela toma esse aspecto tão característico e conhecido dum largo escudo terminado em cauda afilada.
Portanto, bastaria que servissem para nos pôr em guarda contra as decisões arbitrárias e para que baseássemos as nossas classificações nos ensinamento da natureza, para que a investigações que lhes convido a fazer tenham já grande valor. Mas a sua importância cresce ainda se levarmos em conta que elas nos fazem reconhecer as verdadeiras afinidades que ligam todos os seres organizados num grande sistema.
Preparativos para a chegada
10 de abril — Depois de amanhã, se Deus quiser, entraremos na Baía do Rio de Janeiro. Começo já a notar na regularidade da vida de bordo essa perturbação que