ao período terciário, à indecisão das torrentes, e uma fauna de anfíbios pterodáctilos, de megatérios, de hydrosaurios monstruosos, se movesse naquele mundo tenebroso; e dos manadeiros andinos rojassem as primeiras avalanches de gelo.
Pelo menos devia ter sido assim, para geólogos e paleontologistas, essa espantosa Amazônia de tempos remotíssimos — essa terra confusa que Frederico Hartt riscou, planejou, arquitetou, num assombro de imaginação e de ciência retrospectiva.
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A água invade tudo. Só existem ribanceiras nas terras altas. Os barrancos negros das várzeas foram tragados, e os tapetes de canaranas e murys que as revestiam, andam agora ao léu da correnteza em periantãs enormes descendo para o oceano ou encalhando algures em qualquer ponta de mato.
São os únicos adornos do mar-dulce: ilhas flutuantes, galhadas secas, madeiros roliços, árvores ainda verdes, água afora, de bubuia.
Na vazante, a mutação — para os que viajam assim — é quase imperceptível. De vez em