Mas, geralmente, os bandeirantes partiam em grupos numerosos, em aparelhadas monções, organizadas, armadas, instruídas, sob o comando de chefes experientes. E os louvores a esses pioneiros reboam há trezentos anos em vastos capítulos da nossa história.
Merecem-nos, não há dúvida. Ao destemor, ao sofrimento, à tenacidade dos antigos paulistas, deve o país essa homenagem.
Que se dirá, porém, da incrível ousadia desses homens que venciam as correntes do Guaynia — nome indígena do Rio Negro — e desapareciam nas suas selvas, rotos, esfaimados, perdidos, sem companheiros, sem destino, sem recursos, caindo em frente às Malocas, tiritando nos acessos das maleitas, morrendo sob a palha dos taperys?
A que se pode comparar a audácia do Padre Samuel Fritz — o Apostolo da Amazônia— levantando em 1769 a primeira carta geográfica do vale, através de peripécias que dariam verídicas tragédias, fundando para mais de trinta missões religiosas, percorrendo todas as regiões com uma sotaina esfarrapada e alpercatas de