À Margem do Amazonas

dos gabinetes devorando silenciosamente Ciência, Filosofia, Sociologia, Literatura.

Com essa abundância de conhecimentos e com uma tremenda sagacidade política, financeira, comercial, desdobra-se ativamente grande parte da população.

A Irlanda oferecia aos imigrantes os seus rochedos ou os seus campos imensos, e ali eles deviam prosperar ou morrer. O Amazonas, mais pródigo e talvez mais humorista, manda-os escolher entre a cidade movimentada, civilizada, tentadora, ou as florestas riquísimas, transbordando em óleos, em látex, em castanhas, em madeiras maravilhosas. Na primeira, a doçura e a segurança da civilização, e também o atrito da competição implacável. Na segunda, os seringais inesgotáveis, os castanhais sem fim, as madeiras para todos os misteres presentes soberbos da Natureza, e também a barbaria, o rifle dos seringueiros, a flecha dos índios, as feras, as febres palustres, os mosquitos, as terras caídas, o sombrio Inferno Verde de Alberto Rangel, tão impugnado e tão mal compreendido.