À Margem do Amazonas

de Aguirre, a mais sinistra revelação da maldade humana, penetrou no Mar Branco em busca do país dos Omáguas, do El Dorado, depois de ter deixado nos barrancos do Solimões os cadáveres de Pedro Ursúa e seus companheiros, assassinados por ordem sua na noite trágica de 1º de janeiro de 1561.

Perdem-se, desde essa época, os traços de novos exploradores do grande rio.

Talvez porque os sacrifícios dessas explorações fossem além de toda expectativa; talvez por causa do desencantamento dos primeiros navegadores, que não chegaram a ver a famosa Manôa dos palácios de ouro e dos monumentos encrustados de pedras preciosas; talvez porque a Espanha se desinteressasse — apesar do Tratado de Tordesilhas — dessa Nova Andaluzia absurdamente grandiosa, que devorava tantas vidas — verdade é que não há notícias de outras expedições durante o domínio espanhol na Amazônia.

E ficou ao abandono, por muito tempo, a região feiticeira, notável até então apenas pelo furor guerreiro das Icamiabas que atacaram Francisco de Orellana na foz histórica do Nhamundá,