À Margem do Amazonas

o cacau, a canela, as ervas aromáticas: e caçavam desenfreadamente os indígenas, não para trazê-los à civilização, mas para acorrentá-los às senzalas.

Esgotada, enfim, após dezenas de anos de infatigável colheita, essa flora riquísima, e diminuida a ânsia da caçada ao silvícola, porque este se tornara menos acessível recuando para as florestas centrais, organizando grandes núcleos de resistência, cheio de ódio ao Cáryua falso e perverso — sobreveio, afinal, um largo período de repouso.

Sossegaram as desordenadas ambições dos exploradores. Firmaram-se, aqui e ali, desde as várzeas magníficas de Marajó, aonde iam chegando as primeiras manadas de gado de Cabo Verde, às terras fecundíssimas do Madeira, os primitivos centros coloniais, os incipientes povoados, os rústicos estabelecimentos agrários, formando lentamente uma nova existência no desmedido deserto verde.

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Seria, porém, enfadonho registrar etapa a etapa todo o processo evolutivo do baixo-Amazonas,