À Margem do Amazonas

Assim vive o Rio Branco. Os seus campos incomparáveis, as suas terras de cultura, os seus trezentos mil bovinos, as suas minas do Carangueijo, do Uaylã, do Iramutã, do Cotingo, do Quinô, do Rucá, do alto Mahú, de onde os antigos faiscadores retiraram punhados de diamantes e arrobas de ouro puríssimo — são insuperáveis fortunas ao abandono, e sobretudo, são riquezas formídaveis tentando a cobiça de venezuelanos e guianenses ingleses, entre fronteiras mal definidas, sem defesas, expostas às invasões.

*

O indígena ainda é, nessa feiticeira região amazônica, um verídico fator da sua vitalidade.

Ainda por toda a planície se encontram, não obstante o desamor e a maldade do civilizado (o mau Caryua) esses transviados Uapixanas, Macuxys, Pauxianas, Yaricunas, Maiongons, trabalhando nas Fazendas, nas pequenas indústrias, nos serviços domésticos, ou na promiscuidade das Malocas, númerosos, silenciosos, obedientes aos Tucháuas e aos Pagés.