À Margem do Amazonas

horror às ferras, às campeadas, aos rodeios, que são as grandes alegrias dos vaqueiros.

O índio mata um animal qualquer para comê-lo, porém não pode conceber jamais a ideia de maltratá-lo, de martirizá-lo. Para ele não é crime matar, mas é um crime monstruoso fazer sofrer. Não compreende, por isso, o sistema de educação do civilizado, o modo de corrigir os filhos castigando-os; e pensa que somos uns bárbaros!

Na maloca, sempre construída ao pé das serras, nas proximidades das ilhas ou à margem dos rios, não há currais, nem se vê ponta de gado. Limita-se às plantações de fumo, às roças que lhe fornece o milho, o feijão, a mandioca para a farinha d'água; à criação dos chirimbabos que são como um prolongamento da família.

O rio, entretanto, apaixona-o fortemente; e ora nas águas mansas, ora na violência das corredeiras, a sua ubá pequenina, feita de um tronco de árvore, desliza em manobras empolgantes.

O Cujubim, o Germano, o Cotovello, a Pancada Grande, todos esses temerosos trajetos encachoeirados, ele os conhece e os afronta