À Margem do Amazonas

tem sempre a alegria dos filhos, a bondade permanente da mulher, a companhia terna dos chirimbabos.

O caboclo amazonense, em regra geral, logo na adolescência pensa vivamente em uma companheira para a vida. Pensa e procura e executa a sua ideia, facilmente, sem preocupações nem preconceitos, como se praticasse um ato vulgar. Para essa transformação do estado civil, tem apenas o trabalho de construir a barraca e comprar a blusa e a calça de brim para o dia do casamento.

E pensa na festa comemorativa: no vinho de cacau ou na aguardente, nas cuias de açaí ou bacaba, nas postas de pirarucu com farinha d'água, na sala de barro batido, na harmônica, na delícia das danças.

A cabocla tem a mesma simplicidade de ideias, a mesma noção da vida, e um vestido de chita vermelha.

Desde a infância habituou-se a servir, a trabalhar, a remar, a viver à beira dos igarapés e dos lagos, a semear e a colher nas roças, a ver por toda parte as cenas de amor dos irracionais.