o título de Joseph Duram,Theologi Conimbricensis O. E. S. A. pro annua studiorum instauratione oratio, Coimbra, 1778. 4°. Não é só um modelo de estilo elegante e de eloquência florida, como ainda uma obra capital, encerrando ideias importantes mesmo para a história literária. Vemos por lá que, nesta época, ele havia entrado na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho (0.E.S.A.) Logo após, sabe-se que foi revertido de diversas dignidades nesta confraria, entre as quais a de prior.

Esta existência calma e segura proporcionou provavelmente a nosso autor o ócio necessário à conclusão de sua epopeia, o que ele fez, diz-se com grande facilidade. Sabemos, com efeito, que o Frei José Agostinho de Macedo, autor de um poema épico notável ("O Oriente") e membro da Ordem dos Agostinhos foi enviado então pelo prelado da Ordem (prelado da Graça) ao convento de Coimbra, para ser tratado com severidade por causa de sua vida pouco monástica e de alguns escândalos a que deu lugar. Macedo diz que Durão, então, prior, mostrou-se indulgente para com os pecados de juventude de seu confrade e não executou, com toda a severidade, as ordens de seu superior. Tratou-o, ao contrário, com doçura e fez que ele o ajudasse na redação de seu poema. Durão havia conservado o costume adquirido no Brasil de tomar um banho por dia. Durante este tempo, ditava a Macedo com uma facilidade espantosa as estâncias de sua epopeia. Este depois relia à noite enquanto os dois, sentados em uma mesa de pedra, descansavam à margem do Coselhas, fazendo-se então as correções que o poeta julgava necessárias.(110)Nota do Autor