Mariana o seu primeiro nome de Vila do Ribeirão do Carmo. Depois de ter feito os seus primeiros estudos no colégio dos jesuítas no Rio de Janeiro, foi para Coimbra, com a idade de 17 anos. Estudou Direito, mas ocupou-se também de poesia, para a qual se sentia com vocação e formou sua arte principalmente consoante Virgilio, Guarini e Rodrigues Lobo, pois que o idílio estava em moda na Itália e em Portugal. Publicou em Coimbra alguns ensaios poéticos de repercussão ("Minúsculo métrico, Labirinto de amor, Números harmônicos", etc.) Sob o nome de pastor do Mondego ou do Tejo, cantava a sua Nize em versos harmoniosos e bem torneados e conservou por toda a vida uma predileção por esta maneira de exprimir-se e pelo rincão de sua juventude. Conservou sempre o amor pela poesia pastoral, recebendo novas forças com sua viagem a Milão e Nápoles e no tempo que passou em Roma, onde foi recebido membro da "Academia dos Árcades". Aprendeu tão bem o italiano que compôs nesta língua grande número de cantatas e sonetos bem acolhidos na Itália.
De volta a Portugal, ficou em Lisboa até 1765 e embarcou para a sua pátria que não deveria mais deixar. Um amor infeliz fez, ao que se diz, que ele abandonasse a metrópole onde era muito estimado e onde entretinha relações com os homens, os mais distintos, e tinha sido mesmo recebido membro da Arcádia, sob o nome de Glauceste Saturnio. Sempre guardou fidelidade a Portugal, e as comparações que faz em suas poesias entre este país e o Brasil, são sempre em desvantagem deste último. Diz por exemplo de sua vida no Brasil, no prefácio da coleção de poesias que fez imprimir em 1768, em Coimbra: "Não permitiu o céu