No entanto, estes trabalhos não impediram José Eloi de tomar parte ativa na regeneração de sua pátria e de cantá-la. Foi mesmo a um soneto político improvisado que deveu sua reabilitação e uma posição assegurada. Quando a 26 de fevereiro de 1821, depois da publicação do decreto anunciando o seu desígnio de sancionar a constituição que as cortes de Lisboa iam adotar, o rei D. João VI apareceu, à noite, no teatro São João no Rio de Janeiro, José Eloi, arrebatado pelo entusiasmo geral, recitou um soneto em sua presença. Este fato valeu-lhe a eleição à câmara dos deputados de Lisboa e, na sua volta em 1825, um lugar de oficial no Ministério da Marinha, oferecido por seu amigo, o marquês de Paranaguá, então ministro. Mas o Imperador não quis, a princípio, sancionar esta nomeação. O poeta, que adivinhava a causa desta recusa, apressou-se em mudar no seu soneto uma passagem que havia desagradado ao monarca. Apagou as palavras "invicta mão" que designavam o imperador como chefe do partido revolucionário de então e substituiu-as por "providência." Com isto desaparecia o obstáculo e ele recebia a sanção imperial como "justificadíssima."
Este lugar oficial, regiamente pago, proporcionou- lhe uma boa posição econômica e condições de pagar aos amigos o dinheiro que lhes havia tomado emprestado durante os seus vinte anos de miséria. Teve além disto o ócio necessário para continuar zelosamente seus estudos sobre a Bíblia e suas traduções. Não interrompeu