Foi assim que o partido que José Bonifácio havia antes encorajado a violar as leis e por culpa do qual sofrera os males do exílio, expulsou-o de seu seio e baniu-o de novo, por ter procurado retê-lo na beira do abismo a que ele quis arrastar a monarquia.
José Bonifácio teve ainda a mágoa de saber, em 1834, da morte de seu fiel amigo, o imperador. Teve, em compensação, a alegria de ver o restabelecimento do equilíbrio entre os elementos monárquicos e democráticos, e o futuro do Estado garantido pelo regime de ordem, inaugurado a 19 de Setembro de 1837.
Mas continuou no porto em que tinha procurado um abrigo contra as tormentas da vida política, os elementos diversos que nele se debatiam. retomaram assim seu equilíbrio e ele pôde esperar o fim com a resignação de um sábio. Quando no começo do ano de 1838 sentiu o fim se aproximar, fez-se conduzir a Niterói, onde a 6 de abril terminava sua vida agitada.(170) Nota do Autor
Francisco Vilela Barbosa, marquês de Paranaguá e contemporâneo de José Bonifácio é tão conhecido como sábio e homem de Estado quanto como escritor. Nascido a 20 de novembro de 1769, no Rio de Janeiro, e tendo desde cedo ficado órfão, uma tia materna tomou-o a seu cuidado e mandou-o, mais tarde, a Coimbra estudar Direito. Mas antes do fim dos seus estudos desposou uma jovem senhora desta cidade e por este motivo pediu o auxílio dos parentes. Nesta desgraça, o ex-reitor e reformador da Universidade, o bispo de