de compreender a vida de família. Só conhecemos dele o último canto, de acordo com o 2º volume do Florilégio, de Varnhagen (p. 683-694).
Baldo, escrivão de Goiana, herói do poema, reúne em torno de si, um grande número de convivas para festejar condignamente sua união com Dona Clara. Estes, aproximam-se de mesas ricamente servidas, mas no momento em que vão comer, são expulsos por um tropel de gente amotinada e toda a comida posta na mesa torna-se presa desta canalha. Mas Baldo, e é por aí que termina o poema, despede-se da festa na espera:
De uma paz duradoura, e sem perigos
De dias mais serenos e seguros.
E, se bem que viveram mais à larga
Por mais que examinasse, não me consta,
Que o escrivão de Goiana e Dona Clara
Procurassem jamais dar outra festa.
Embora só conheçamos este último canto, e que, por conseguinte, não possamos julgar muito da invenção, da disposição e da descrição dos carateres de conjunto, o pouco que temos diante dos olhos encerra tantas descrições cômicas, situações burlescas e versos ligeiros e agradáveis que concordamos, sem reserva, com o conceito de Varnhagen.(201) Nota do Autor