O Brasil literário: História da literatura brasileira

Mariano José Pereira da Fonseca, marquês de Maricá, distinguiu-se como autor de máximas, gênero diametralmente oposto ao do precedente.

Seu pai, Domingos Pereira da Fonseca, negociante natural de Portugal, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde desposou Tereza Maria de Jesus, que lhe deu um filho a 18 de maio de 1773. Aos 11 anos, Mariano José foi enviado a Portugal e, depois de se haver preparado no Colégio de Mafra, foi em Outubro de 1788 à Universidade de Coimbra, onde se propunha a estudar Direito. Mas como não havia atingido ainda a idade exigida de 16 anos, matriculou-se como ouvinte na Faculdade de Ciências e Letras, onde obteve grau de bacharel e concebeu o desígnio de ir a Edinburgo para estudar Medicina. Infelizmente, a morte de seu pai chamou-o ao Brasil em 1792 e veio transtornar por completo os seus projetos.

Mal tinha aberto sua casa de comércio no Rio de Janeiro, em 1794, e era preso com seus sócios por ordem do vice-rei, o desconfiado Conde de Rezende, que via conspiradores por todo o lado. Mariano José ficou preso quase três anos, sem ter sido julgado e só foi solto com a demissão do conde.

Depois de 1802, ocupou numerosos cargos públicos, foi sucessivamente deputado na Câmara do Comércio, tesoureiro da Imprensa Régia, da fábrica de pólvora e do arsenal e, enfim, censor. Em 1821, foi eleito deputado e secretário da Junta Provisória e tomou parte na redação da Constituição.

Nomeado ministro das finanças, a 13 dc novembro de 1823, Mariano José ocupou este cargo importante até 23 de Novembro de 1825, quando se deu a sua demissão. Continuou, no entanto, membro do Conselho de Estado, até a sua dissolução em 1834. Depois de