No começo do oitavo canto, o poeta faz aparecer Satã. Este, inquieto do progresso do cristianismo e desejoso de se opor à influência dos missionários, acende o egoísmo e todas as más paixões no coração dos portugueses. Procura tornar ineficazes as exortações dos padres, com ironia e sofismas.

O resultado destas palavras mostram até onde Satanás poderia chegar. Os portugueses continuam a conduzir-se, não como cristãos, mas "à maneira de tigres", a despojar, a maltratar e degolar os pobres indígenas. Suas ações não fizeram mais que diminuir o número dos que o Evangelho havia grangeado para o cristianismo.(242) Nota do Autor



Esta religião deveria, portanto, proporcionar-lhes a salvação e a vitória. Tibiriçá continuou fiel a sua nova crença e seu apego aos missionários levou-o a correr em socorro de S. Vicente com seus guaianases. Ordenou aos seus que queimassem, antes de mais nada, suas cabanas e seus campos, para impedi-los de servir aos tamoios.