se aproximam sem armas, assegurados de que os tamoios lhes darão hospitalidade. Os indígenas acedem a este pedido.
Os missionários desembarcam, são recebidos amistosamente e mesmo bem tratados. Permite-se-lhes erigirem um altar debaixo de um coqueiro, e de oficiarem aqui a missa. Nóbrega celebra, então, o primeiro sacrifício não sangrento, nestas florestas.
Os missionários aproximam-se dos caciques para negociarem a paz entre os aliados e os portugueses. Descrevem os resultados felizes que teriam com uma acomodação. Aimbire está inclinado a consentir, mas impõe como condição prévia: a rendição dos prisioneiros de Tibiriçá, dos outros caciques apóstatas e do impudente Dias.
Anchieta que conhece a fundo a lingua tupi, pronuncia um discurso em que expõe aos indígenas os princípios salutares do cristianismo, com uma eloquência que recorda São Francisco Xavier. Em troca, declara que os portugueses não consentirão jamais numa traição tão infame como a que lhes é proposta. Revela ainda que Dias morreu na última batalha.
Este discurso causou muita impressão sobre os circunstantes e o próprio Aimbire sentiu-se arrastado por suas palavras. Louvou a intervenção e as vistas dos pais e agradeceu-lhes terem salvo e bem tratado Iguassu. Espantou-se, ainda, com a aparição milagrosa de Anchieta no campo de batalha e com o sinal de retirada dado por voz desconhecida. Chega até a propor uma única condição: os índios continuarão para sempre na posse de Guanabara (proximidades do Rio de Janeiro) e os portugueses conservarão as regiões conquistadas.