Anchieta responde que não se trata aqui apenas de posses territoriais, mas, antes de tudo, da propagação do cristianismo, da salvação dos índios e da sua civilização. Consiste em pedir que tolerem a presença dos missionários entre eles.
Sem esperar a resposta de Aimbire, Ernesto fulmina de uma filipica os portugueses e os católicos e pretende que os franceses e os sacerdotes calvinistas serão muito mais úteis no caminho da salvação e civilização dos índios.
Aimbire interrompe então seu genro, gritando: "Para que tantas palavras inúteis? O que eu digo, mantenho-o. Concluamos: que nos façam prisioneiros e se os portugueses querem a paz, que nos deixem em paz." E por aí pôs termo às negociações.
Bem soube o poeta aproveitar-se destes colóquios, desenhando antes os caracteres principais, seja para mostrar os primeiros passos e o futuro da doutrina cristã, entre os indígenas, assim como a maneira pela qual estavam preparados para recebê-la.
A cena seguinte nos descreve o efeito produzido pelos missionários sobre estas naturezas incultas.
A notícia de sua chegada penetrou no interior, mas tinha-se acrescentado que tinham vindo para espionar o campo dos tamoios. Os índios acorreram em bando e quiseram degolar os padres. Parabaçu, cunhado de Aimbire, vem para este fim e acompanhado dos seus. Mas, à vista dos missionários emagrecidos pelo jejum e ajoelhados, retirou-se confuso. Aimbire apartou outros, mais grosseiros ainda, ameaçando de matar quem ousasse pôr a mão sobre eles.
No entanto, Nóbrega frisou a Anchieta a necessidade de que um dos dois voltasse a São