uma série de baladas ou romances em que trata, com maior frequência, legendas de sua pátria. A sua forma é popular e o tom frequentemente bem achado. Citemos "O mendigo" o escravo de Camões reduzido a miséria extrema; D. Maria Úrsula; adquiriu por aí o mérito de haver introduzido no Brasil um gênero completamente desprezado até então e de ter dado, desde o começo, verdadeiros modelos. Esperemos que venha a encontrar numerosos imitadores e que ele próprio venha a ocupar-se do gênero épico, o mais conforme ao gosto de nosso século e que convém melhor à sua natureza. É o que nos mostra a obra seguinte que vai aparecer: Cancioneiro das bandeiras. Poesias tradicionais dos intrépidos paulistas, durante as suas incursões aventureiras.

Como Araújo Porto Alegre e Gonçalves Dias, Norberto escolheu, de preferência para assunto de seus cantos, as tradições, os costumes, as cenas da vida indígena e tratou-os como os da Baladas, o que aprovamos. Publicou algumas na "Semana", sob o título "Canções Americanas". Às vezes, também Norberto encontrou o tom desejado, como podemos ver em duas canções: "O adormecer de amor" e "O embalar da rede".