Se nas poesias precedentes, o nativismo e a predileção pela poesia épica, herança dos portugueses, se destacam já suficientemente, vemos aparecer estes dois sentimentos com mais força ainda nas obras seguintes: "O Brasil. Poema do descobrimento feito por Pedro Álvares Cabral", verdadeira epopeia, em dez cantos e em oitavas, de que o poeta não publicou, até agora, mais que um fragmento no "Jornal do Comércio" (julho, 1857). Acrescentemos a esta obra, "Os Palmares", poema herói-cômico, em endecassílabos brancos e que tem por assunto a defesa dos negros fugitivos nos quilombos dos Palmares, capitania de Pernambuco, e sua derrota em 1699.(271) Nota do Autor Na "Guanabara" só apareceram alguns fragmentos que descrevem de cores vivas as cenas e caracteres interessantes e fazem desejar a conclusão do livro.(272) Nota do Autor
Mencionemos, enfim, os "Cantos Épicos", seus poemas épicos que acabam de aparecer (Rio, 1861) e de que cinco têm assuntos patrióticos. De início, a Inconfidência de Minas ("A Cabeça de Mártir") de que falamos. O poeta celebra aqui a primeira tentativa de independência e seu chefe, Joaquim José da Silva Xavier, que paga o patriotismo com a própria cabeça. Depois, "A Coroa do Fogo" que canta Antônio José, o poeta