dele: "Ultimamente o Brasil perdeu dois dos espíritos mais bem dotados e que prometiam muito. Azevedo e Junqueira Freire foram arrebatados com a idade de vinte anos ou antes, prematuramente devorados pela chama que se chama gênio".
Se a qualidade pudesse reparar semelhante perda, o Brasil teria com que se consolar. Ser-nos-ia preciso citar um grande número de nomes, se quisessemos mencionar todos aqueles que sabemos ter feito ensaios poéticos. Em todas as nações onde a instrução e as regras da poesia são muito espalhadas, vemos aparecer em massa, principalmente no gênero lírico, versejadores que de poetas só têm o nome. É ainda o caso em povos como o italiano, o espanhol, e o português, que têm uma língua prestando-se, de tal modo, à poesia que não é difícil a um homem instruído fazer versos passáveis. No Brasil, que possui uma poesia muito desenvolvida, numa língua deste gênero e que herdou neste mesmo idioma modelos clássicos, esta facilidade de versificação deveria expandir-se prontamente, bafejada por circunstâncias diversas. O número dos que fizeram ensaios poéticos com mais ou menos felicidade, aumentou bastante sem enriquecer de muito a literatura.(293) Nota do Autor Nossos leitores comprenderão termos passado em silêncio grande número de nomes e que o nosso dever de historiador poderia ter-nos obrigado a citar. Não mencionaremos senão aqueles que se elevaram acima do nível ordinário, e seguiram um caminho