A este propósito, um dos seus biográfos,(292) Nota do Autor caracteriza Junqueira Freire e suas poesias da maneira seguinte:
"As Inspirações do Claustro e suas outras produções nacionais, ou antes político-sociais, dão uma imagem suficiente do gênio e das vistas mais íntimas do poeta. Partidário fanático das formas republicanas, apaixonou-se por elas como tantos outros, que contemplando-as do alto do mundo fantástico de sua imaginação, as tem na conta de filhas de Deus. Com suas opiniões filantrópicas, desejava que a humanidade inteira não formasse mais que uma família, intimamente ligada pelos laços da igualdade, da fraternidade e do amor. Poeta no fundo da alma, protesta contra as diferenças de classe na sociedade e celebra em cantos apaixonados e sublimes a regeneração do povo, que sua imaginação, brilhante e imponente lhe fazia aparecer como uma revelação do céu. Se tivesse chegado a homem de Estado, teria aprendido a domar seu coração, que só se abandona aos sentimentos, sob a lógica fria e inexorável da razão que procura, examina pesa e julga. Assim, seu destino foi o de chorar, suspirar, sofrer e cantar, porque a inexorável mão da morte precipitou-o logo na tumba fria, — talento perseguido pela sorte e a quem não foi dado cumprir a sua missão na terra."
O nome deste poeta e o de Azevedo viverão na história literária do país. É com razão que I. F. de Castilho em sua "Grinalda Ovidiana" (p. 287) diz