surpreendidos por D. Gil da Cunha e feitos prisioneiros. Ambos foram vendidos como escravos a D. Branca. Cobé apaixona-se violentamente por ela e, por isto, se conserva escravo, embora possa libertar-se e sua mãe o conjura a procurar os seus, que se preparam para o combate. Como não atende às suas súplicas, ela amaldiçoa o filho apóstata e frouxo. Dona Branca não desconfia nada do amor de Cobé. Como pensar que um escravo poderia interessar-se por sua senhora? Porém, tem tantas provas de sua dedicação e fidelidade que se decide a se abrir. Manda-o a Estácio, seu amado, para dizer-lhe que o amará sempre, mas teme ser forçada por seu pai a desposar D. Gil da Cunha. A cena em que D. Branca incumbe Cobé desta mensagem e fala de seu amor sem esperança e ela se espanta, quando Cobé lhe descreve, com as cores mais vivas, as dores de semelhante chama é das mais belas da peça. Pergunta-lhe se ele também ama, mas Cobé é orgulhoso demais para confessar um amor que sua amada não adivinhou, não obstante seu acesso de ciúme.
As duas paixões mais poderosas do homem da natureza, o amor e a vingança, lutam no coração do selvagem e fazem que ele vacile. Em vez de levar a mensagem de sua amada, deixa-se levar por este último sentimento a abandonar Dona Branca à sua sorte, que não tem a menor suspeita do amor de seu escravo, dispõe-se a seguir os conselhos de sua mãe e foge para junto dos seus para lavar sua vergonha no sangue dos opressores. Mas o amor o retém, ele não pode deixar sua amada presa de da Cunha, este homem que ele odeia. O casamento de Dona Branca, deve realizar-se no dia seguinte. Ela não entrevê nenhuma salvação e obtém da mãe de Cobé um veneno rápido, que esconde no engaste de um anel, preferindo o túmulo ao altar. Vence o amor no coração do índio,