ele decide-se a morrer por Branca. Sua mãe lhe diz que dera veneno à sua querida. No momento em que esta vai tomá-lo, Cobé arranca-lhe o anel com o veneno e toma ele próprio, mas antes de morrer, liberta a noiva, matando com uma punhalada da Cunha. Desta maneira, ele vinga a si e aos seus de um cruel opressor.
Vê-se por esta análise que o assunto e os carateres são verdadeiramente trágicos e oferecem um poderoso interesse nativista. O desenvolvimento da peça é, em geral, digno de elogios. A dicção é conforme ao assunto e não excessiva. Os versos honram a Macedo. Sua peça foi representada, pela primeira vez, no Teatro de S. Pedro de Alcântara, em 7 de Setembro de 1859. Desde então vem sido acompanhada de sucesso crescente.
Em 1849,(313) Nota do Autor Martim Francisco Ribeiro de Andrada, autor de "Lágrimas e Sorrisos", mencionado no capítulo precedente, publicou um drama em prosa sob o título de "Januário Garcia, o sete orelhas" (S. P. 8º). Tem três atos e cinco quadros.
O assunto desta peça é a legenda nacional do paulista Januário Garcia, cognominado Sete Orelhas. Para vingar seu filho, morto pelos sete irmãos Silva, deixou sua família e errou durante cinco anos, até que tivesse morto os sete irmãos, cortando uma orelha de cada um deles. Não poupou nem mesmo o mais jovem dos irmãos, embora este, quase menino ainda, tivesse sido constrangido a tomar parte no assassínio e tivesse desposado a filha de Garcia na ausência deste. Vê-se por esta curta análise que um homem tão sanguinário não é um herói trágico e que ao assunto melhor