tragédia lírica em quatro atos", por Ernesto Ferreira França, (Leipzig, 1859, 12º).
O doutor Ferreira França, atualmente professor de Direito, fez-se conhecer por seu Livro de Irtília, coleção graciosa de cantos e sonetos eróticos, como "O Cassino, poema lírico." (322) Nota do Autor O assunto de Lindóia é o episódio tão conhecido (v. cap. VI) do "Uraguai", de Basílio da Gama. Não se pode senão aderir à opinião dos cinco membros do júri, impressa no fim do livro. Declaram todos que o trabalho de nosso poeta não convém em absoluto a uma ópera, mas que tem em si mesmo um valor poético considerável. Deste ponto de vista, preferem a "Lindóia" às duas outras peças, ainda inéditas, ao que supomos. Com efeito, o poeta, não teve em absoluto em vista a música, porque, além de os fragmentos a várias vozes estarem quase que completamente ausentes, seria difícil encontrar cantores capazes de executar os dois papéis principais, de Lindóia e Guaicambo, como se deveria exigir. A dicção é empolgante e a versificação harmoniosa. Ademais, contém cenas verdadeiramente poéticas, como a do começo do segundo ato, em que os dois amantes se separam ao nascer do dia e procuram iludir-se sobre os sinais que anunciam a aurora.
Ao lado destes dramas, produzidos pela civilização, e cuja tendência nacional é evidente, o Brasil conservou