O Brasil literário: História da literatura brasileira

vezes que os brasileiros têm talento e uma predileção pela eloquência e a arte oratória, em geral. Enquanto que outrora só se exerciam na oratória sacra, as instituições parlamentares e as academias que possuem, lhes forneceram a oportunidade de brilhar na tribuna e no púlpito. O Brasil já viu nascer oradores políticos distintos, como os irmãos Antônio Carlos e Martim Francisco Ribeiro de Andrada, Lino Coutinho, o marquês do Paraná, Bernardo Pereira de Vasconcelos, e o visconde de Jequitinhonha, que deu provas de sua eloquência política em seu "Liberdades das Repúblicas", o marquês de Abrantes, etc.

Entre os oradores acadêmicos, distinguem-se particularmente os do Instituto Histórico e Geográfico. Basta citar Manuel de Araújo Porto-Alegre, Joaquim Manuel de Macedo, Joaquim Norberto de Souza e Silva, etc.

O cônego Lopes Gama publicou uma obra sobre a teoria da eloquência.

Este elemento retórico mostra-se, levado provavelmente até o excesso, nas obras biográficas e literárias de J. M. Pereira da Silva.

Entre as obras históricas, a História do Brasil, de Fr. Adolfo de Varnhagen (334) Nota do Autor merece ser citada, antes de mais nada, do ponto de vista do estilo, que é calmo, digno e claro, como convém à história. Sem cair no defeito de seus compatriotas, muito amigos da