O Brasil literário: História da literatura brasileira

Vemos, pela vida de Gregório, que era um poeta nato e com uma necessidade irresistível de provar seu gênio satírico. Eis porque suas poesias têm todas um caráter mais ou menos acentuado de improvisação, de agudeza, de transbordamentos súbitos, às vezes de uma grande simplicidade, às vezes também muito espirituais. Mas a dicção de Gregório longe está de ser escolhida, a forma é descuidada, embora a versificação seja fácil cai, enfim, frequentemente no trivial.

Com tudo isto, não se pode desconhecer que tomou por modelos os poetas espanhóis de seu tempo, Lope de Vega, Gongora e sobretudo Quevedo que ele imita tão servilmente, o que se pode provar mediante um cotejo de textos. (36) Nota do Autor Assim, se encontra nele, principalmente nos romances, o emprego de assonâncias, completamente abandonado pelos poetas portugueses posteriores.





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