FERDINAND WOLF E A AURORA DO ROMANTISMO NACIONAL



Na historiografia literária do Brasil, este livro é marco. Estranha que, estando-se, inclusive, nas proximidades de comemorar-lhe o centenário, não haja sido ainda traduzido. Alegra-nos portanto este labor a que nos dedicamos, transpondo-o para a nossa língua — tipo do trabalho que se insere entre numerosos de que está à espera a nossa cultura — humildes, porém dos mais proveitosos.

Foi este livro o compêndio mais importante entre os que precederam a História da Literatura, de Sílvio Romero. História a que, às vezes, se apõe o epíteto de "monumental", mas que se sente definitivamente superada. Verdade é que não podemos dizer com segurança quem a haja superado... pois que os moços do Brasil estão à espera de um historiador da literatura que lhes dê, na matéria, o livro atualizado.

Aonde queríamos chegar é que, antes do livro de Sílvio, havia o de Wolf e agora está se esperando que apareça o terceiro compêndio destinado a substituir Romero.

Às vezes, sobre o autor do livro, que agora traduzimos, paira a questão de que teria sido simples obra de camaradagem, com o fito principal de agradar a Magalhães e, com muito favor, ao amigo deste, Porto Alegre. Não é verdade. É preciso ignorar demais as coisas, para que se tenha Wolf na conta de mero diletante. A enumerarão aparatosa de títulos que traz o frontispício de sua obra, com todas as ressalvas que se queira