seja por mera desconfiança infundada, foi levado a 8 de Agosto de 1726 perante o tribunal de Inquisição onde foi então submetido a processo. Nos autos, dizia-se expressamente que durante a tortura, apenas invocou o nome de Deus e jamais o da Virgem ou o de um santo. Num auto da fé de 13 de Outubro de 1726, Antônio José repetiu solenemente, e em público, sua abjuração, tendo sido posto em liberdade.
Voltou a seu pai para continuar com ele a profissão de advogado. Pareceu então que a sua abjuração fosse sincera; pelo menos, passou a evitar todo o comércio com judeus ou cristãos novos; e obteve as boas graças de numerosos monges de boa reputação.
Em 1734, desposou Leonor Maria de Carvalho. No ano seguinte, ela lhe dava uma filha, que recebeu o nome de sua avó materna, Lourença.
Foi então que Antônio José se fez conhecer como autor dramático.
Já se havia, na verdade, ocupado de poesia em Coimbra e tinha escrito em 1729, para o casamento do infante Dom José, depois rei, uma "zarzuela". Depois, passou a aplicar-se ao estudo de Metastasio, Molière e Rotrou. O fato de morar perto de um teatro (Páteo da Comédia) e que ele o frequentasse muito (60) Nota do Autor pode ter